Descobertos destroços de mais de 58 naufrágios no mar Egeu

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Arqueólogos descobriram destroços de dezenas de naufrágios, num cemitério submarino, na Grécia. Esta pode ser a maior concentração de destroços de navios naufragados no mar Egeu e possivelmente no Mediterrâneo, descoberta até agora.

Os destroços foram encontrados no arquipélago de Fournoi. Abrangem um período que vai da Grécia antiga até ao século XX.

“É difícil descrever a emoção. Foi simplesmente incrível. Sabíamos que tínhamos tropeçado em algo que mudaria os livros de história”, afirma Peter Campbell, arqueólogo e codiretor do projeto em Fournoi.

Em 2015, a equipa internacional tinha encontrado destroços de 22 naufrágios. Com a última descoberta, o número sobe para os 58. E acreditam que há mais.

“90% dos navios naufragados que encontrámos no arquipélago de Fournoi carregavam ânforas. A ânfora era usada nos navios para transportar líquidos e semilíquidos na antiguidade. Portanto, deviam transportar azeite, vinho, molhos de peixe e talvez mel”, explica George Koutsouflakis, arqueólogo e codiretor do projeto.

Os arqueólogos recolheram mais de 300 antiguidades dos destroços, entre elas ânforas originárias do Mar Negro e do Norte de África provenientes de naufrágios do final do Império Romano, uma raridade no Mar Egeu.

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A difícil luta contra a epidemia de desemprego jovem no sul da Europa

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O rótulo nem-nem, esse termo novo que descreve com certo menosprezo os jovens que nem estudam nem trabalham, perde sua carga pejorativa quando é empregado para definir os gregos entre 15 e 24 anos cujo acesso ao mercado de trabalho foi retardado ao infinito por causa da pior crise na história da zona do euro. Apesar dos incipientes sinais de recuperação econômica, a Grécia continua ostentando o pior indicador de desemprego juvenil da União Europeia, uma taxa que beirou os 60% nos anos mais duros da crise (2013-2014) e que hoje está em torno de 44%.

A geração dos nem-nem gregos se situa em terra de ninguém: tão longe das salas de aula como do mercado de trabalho ou, no melhor dos casos, com subempregos sem relação com os seus cursos. Nada que não possa ser dito dos jovens espanhóis, segundos no ranking do desemprego juvenil da UE, com 39%. Em 2016, de acordo com dados da OCDE, 26,9% dos jovens gregos entre 15 e 29 anos eram nem-nem (na Espanha, 22,7%). Segundo a Organização Internacional do Trabalho, o Brasil fechou 2017 com uma taxa de desemprego de praticamente 30% entre jovens até 25 anos. Pior resultado desde 1991, mas, mesmo assim, abaixo da Grécia.

Embora se trate de “um grupo que é muito difícil de rastrear com fins estatísticos”, explica Panayota Stamatiu, da direção de Integração no Mercado de Trabalho, do Ministério do Trabalho, graças entre outras coisas a programas europeus como a Iniciativa de Emprego Juvenil (YEI, na sigla em inglês) “o número de jovens nem-nem gregos se reduziu em 27%”. “Em 2013 havia na Grécia 230.000 enquadrados como nem-nem. Em 2017 eram 158.000”, afirma Stamatiu. “No total, 60,2% dos inscritos no programa receberam uma oferta de treinamento ou trabalho, e 53,9% dos que o terminaram encontraram emprego.”

O YEI, uma ferramenta lançada em 2013 para combater o desemprego juvenil na UE e administrada conjuntamente com cada Estado membro – que contribui com a maior parte dos recursos–, está na segunda fase em países como a Grécia, onde a taxa supera 25%, e com uma faixa de idade ampliada até os 29 anos. “A contribuição europeia representa menos de um terço do orçamento que o Governo grego destina para combater em conjunto o desemprego juvenil”, enfatiza Jarilaos Floros, diretor-geral de Gestão de Fundos Comunitários do Ministério do Trabalho. O programa genérico Desenvolvimento de Recursos Humanos e Formação Contínua, do Fundo Social Europeu, no qual o YEI se encaixa, tem um orçamento de 3,13 bilhões de euros (13,27 bilhões de reais) para o período compreendido entre 2014 e 2020.

“A Iniciativa do Emprego Juvenil, mediante programas de capacitação e formação combinados com estágios remunerados em empresas do setor privado, pretende especificamente dotar os jovens de sua primeira experiência no mercado de trabalho. Porque o desemprego juvenil na Grécia não é só uma consequência da crise, já era uma característica do mercado de trabalho anteriormente”, explica Yorgos Ioanidis, responsável pela secretaria de Gestão de Programas do Fundo Social Europeu do Ministério da Economia da Grécia.

Especialmente bem-sucedida foi sua implementação no setor turístico: 16.000 jovens encontraram trabalho, em um programa de cogestão com a Federação Grega de Turismo. “A grande maioria continua trabalhando no setor depois dessa primeira experiência”, ressaltam na Federação. Essa é outra característica do programa, o envolvimento de numerosos agentes sociais, como câmaras profissionais e sindicatos.

Elleni Kallidi, de 24 anos e moradora de Níkea, no cinturão de Pireu – uma região especialmente castigada pela crise –, se inscreveu no programa depois de terminar no ano passado seus estudos em Tecnologia de alimentos. “Hoje faço estágio em uma farmácia. Quando terminei meus estudos comecei a buscar trabalho enviando CV a muitos sites de emprego. Um dia um deles me chamou para me falar do programa YEI. Preenchi os papéis e em poucos dias me chamaram em uma instituição para começar a parte teórica: cursos de venda, marketing, serviços para o cliente e até linguagem corporal.” “Em seguida – prossegue Kllidi – tivemos entrevistas de trabalho, algumas proporcionadas pela própria instituição. Assim começou a segunda parte, seguida de outra, teórica (apresentações, informática) e de novo estágios durante cinco semanas. O maior destaque do programa, além dos novos conhecimentos que adquiri, é que quando terminei pude incorporar esses estágios no meu CV como experiência de trabalho. É realmente útil.”

Os beneficiários do YEI têm um perfil acadêmico muito variado. Há graduados, como Selvia Karabrahimi, também do cinturão de Pireu e que cursou Jornalismo, ou com estudos secundários, como Dimitra Xatzoglou, que estudou comércio. A primeira é aprendiz em uma loja de roupas enquanto a segunda faz um curso de Marketing e Vendas e estagia em uma livraria.

Fuga de cérebros

A imagem do nem-nem desligado do mundo que alguns propagam não tem muita relação com o contexto grego, marcado também por uma sangrenta fuga de cérebros: cerca de 250.000 jovens qualificados emigraram por causa da crise em menos de uma década. Nisso insiste Dimitris Papadimoulis, do Syriza, vice-presidente do Parlamento Europeu, instituição que financiou esta viagem: “O desemprego juvenil só pode ser combatido com crescimento, por isso temos de investir em Pesquisa e Desenvolvimento, sobretudo quando se concluir o resgate [em agosto]. Temos que transformar o brain drain [fuga de cérebros] em brain game [jogo de cérebros], e terminar também com os empregos inúteis, isso que se chama de precarização: jovens muito bem formados que se veem obrigados a trabalhar como garçons em hotéis. A solução para isso é acelerar os investimentos e o desenvolvimento. Felizmente, depois dos primeiros dados positivos registrados em 2017, a economia respira e a Comissão Europeia prevê um crescimento de 2,5% para os próximos anos. Estamos no bom caminho.”

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Grécia vai receber parcela de ajuda de 3 bi de euros, diz comissário da UE

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‘A Grécia tem feito um certo número de reformas’, disse a autoridade.
Até dezembro será tratado o problema da recapitalização dos bancos.

As reformas realizadas pelo governo grego estão em andamento e seus credores vão desembolsar a próxima parcela de 3 bilhões de euros do programa de ajuda, disse o comissário de Assuntos Econômicos da União Europeia, Pierre Moscovici, a uma rádio francesa nesta quinta-feira.

Relembre a crise na Grécia
Janeiro: Tsipras é eleito com a promessa de acabar com medidas de rigor econômico. País está endividado
Junho: Grécia deixa de pagar dívida a credores internacionais. FMI e União Europeia exigem medidas de rigor econômico, como alta nos impostos e cortes na aposentadoria, em troca de ajuda
Junho: bancos na Grécia fecham para evitar ‘corrida de saques’
Julho: Tsipras convoca referendo, e 61% dos gregos rejeitam o acordopara receber ajuda financeira
Julho: Tsipras aceita acordo com credores, com medidas ainda mais duras que as rejeitadas no referendo. Ele disse que assinou para ‘evitar desastre’
Agosto: com perda de apoio e a divisão de seu partido após a assinatura do acordo, Tsipras renuncia
Setembro: Tsipras vence eleiçõese retorna ao cargo de primeiro-ministro

 “A Grécia tem feito um certo número de reformas, e nós vamos lhes dar dinheiro, 3 bilhões de euros no total”, disse Moscovici à rádio Europe 1.

“E no decorrer de novembro, dezembro, vamos lidar com o problema da recapitalização dos bancos gregos e da dívida grega”, completou.

“A situação grega está nos trilhos desde que todos façam sua parte, o que significa continuar com as reformas pelo governo grego, tendo uma atitude construtiva para com seus parceiros”, acrescentou.

http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/10/grecia-vai-receber-parcela-de-ajuda-de-3-bi-de-euros-diz-comissario-da-ue.html

 


Grécia e credores chegam a acordo sobre novas reformas

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A Grécia e os credores da zona euro acordaram sobre uma nova série de reformas para que sejam libertados mais dois mil milhões de euros, da ajuda de 86 mil milhões de euros decidida no verão.

Chegámos a acordo sobre o próximo pacote de medidas que vão ser implementadas, espero que até meados de outubro, para permitir a libertação de dois mil milhões de euros” antes do final do ano, disse em conferência de imprensa, no Luxemburgo, o presidente do eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

Os credores de Atenas vão realizar uma avaliação ao programa de reforma ainda este mês.

O eurogrupo fez esta segunda-feira um balanço sobre a implementação das medidas solicitadas a Atenas em troca de ajuda financeira, enquanto o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, apresentava as grandes linhas da sua política económica e social para os próximos quatro anos no parlamento grego.

Até ao final deste mês, o Governo grego vai precisar de adotar um orçamento retificativo para 2015, novos cortes nas pensões, uma reforma do imposto sobre os rendimentos e um aumento da carga fiscal dos agricultores.

Desde o verão, Atenas já recebeu 13 mil milhões de euros, mas aquele montante foi utilizado principalmente para reembolsar o Banco Central Europeu.

Tsipras anuncia prioridades

Ao apresentar no parlamento helénico o programa do seu segundo executivo após a vitória por maioria relativa nas legislativas de 20 de setembro do partido da esquerda Syriza, a segunda desde janeiro, Tsipras reconheceu que se inicia um período “difícil” mas em simultâneo “prometedor”, no qual o Governo não apenas deverá aplicar o terceiro acordo de resgate para libertar o país “da supervisão [dos credores internacionais] mas também alterar as coisas para regressar ao crescimento”.

Sublinhou ainda que “apesar de todas as dificuldades é possível alcançar esse objetivo” durante o seu mandato, para que no final o país “tenha deixado para trás a recessão e os memorandos”.

De acordo com o primeiro-ministro grego, um aspeto importante do novo resgate reside na garantia de um quadro financeiro para impulsionar o crescimento e assente em fundos comunitários de 20 mil milhões de euros que permitirão o início de um crescimento económico sustentado.

Tsipras comprometeu-se a aplicar sem atrasos as políticas negociadas com os credores, para concluir rapidamente a primeira avaliação das reformas e poder obter os fundos necessários para recapitalizar a banca e iniciar o debate sobre a reestruturação da dívida.

“Garantir estes objetivos é uma condição para poder regressar ao crescimento”, disse o líder do partido da esquerda grega, para acrescentar que “se tudo correr bem” a Grécia voltará a registar números positivos no primeiro semestre de 2016.

O primeiro-ministro grego prometeu ainda desencadear diversas iniciativas para tornar a economia atrativa para os investimentos sem pôr em causa a coesão social e garantir a proteção do meio ambiente e a valorização dos bens do Estado.

Assegurou ainda que quando for discutido o alívio da dívida, após a aprovação pelos credores da primeira revisão do resgate, o Governo apresentará uma estratégia e propostas claras.

O chefe do Governo grego, que renovou a coligação no poder com os Gregos Independentes (direita soberanista anti-austeridade), precisou que o objetivo consiste em “alargar os prazos de devolução, estabilizar as taxas de juro, obter um período de graça e condicionar o pagamento da dívida ao crescimento económico”.

Tsipras sublinhou que não põe em causa os diversos compromissos do resgate, mas sublinhou que ainda existem diversos segmentos pendentes que o Governo negociará “com firmeza”.

Em concreto, referiu-se à negociação sobre o crédito malparado da banca, e que “lutará” para proteger os inquilinos despejados de suas casas.

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Comunidade Grega de Brasília realiza festa tradicional Grega em outubro

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A Festa Tradicional Grega acontece nos dia 02 e 03 de outubro, das 20h às 02h, no SGAN 910 – Módulo B – Asa Norte em Brasília. O evento que contará com apresentações de música e dança grega, também proporcionará ao visitante a oportunidade de desfrutar da culinária típica.

O ingresso custa R$ 20,00 (vinte reais) o dia, sendo comidas, bebidas e doces à parte.

Para mais informações:

Ligue: 061 3447-9059;
Envie email para: comunidadegrega@terra.com.br ou
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Novo governo de Tsipras toma posse na Grécia

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O novo governo da Grécia, liderado por Alexis Tsipras, prestou juramento nesta quarta-feira (23) e terá como primeira missão aplicar o plano de reformas acordado com os credores internacionais, em troca de uma ajuda de 86 bilhões de euros.

Após as eleições de domingo passado, os ministros tomaram posse na sede da presidência da República, mas em dois grupos.

O primeiro grupo prestou juramento sobre a Bíblia, diante de autoridades religiosas ortodoxas, e o segundo, o mais importante, prestou um juramento civil ao presidente da República, Prokopis Pavlopoulos.

Muitos ministros do gabinete anterior estão de volta, em particular o titular da pasta das Finanças, Euclide Tsakalotos, um economista pró-Europa e grande nome por trás do novo programa financeiro.

Tsakalotos estará acompanhado por Georges Chuliarakis como vice-ministro das Finanças. Este último foi um dos principais negociadores da Grécia em Bruxelas para alcançar o acordo com UE e o FMI em julho.

O ministério da Defesa será comandado mais uma vez por Panos Kammenos, presidente do Partido dos Gregos Independentes (direita soberanista), que contribui para a coalizão de governo com 10 deputados, somados aos 145 do partido Syriza (esquerda) de Tsipras, o que garante a maioria absoluta no Parlamento.

Em linhas gerais, novo governo é uma cópia quase exata do Executivo anterior que Tsipras liderava até sua renúncia em agosto, quando os nomes mais radicais do Syriza começaram a questionar seus projetos legislativos e políticos.

Integrantes do novo gabinete grego fazem juramento durante sua cerimônia de posse nesta quarta-feira (23) em Atenas (Foto: Thanassis Stavrakis/AP)
Integrantes do novo gabinete grego fazem juramento durante sua cerimônia de posse nesta quarta-feira (23) em Atenas (Foto: Thanassis Stavrakis/AP)